Gregório de Matos, poeta baiano, conhecido como “Boca do Inferno”, atribuiu à Justiça a bastardia, o comércio e a injustiça. Para o poeta, a justiça viera do nada, era vendida e injusta.
Essa é uma das formas, por sua vez eficaz, que a Literatura e o Direito encontram para fazer a sociedade refletir.
Através das músicas e da poesia, por exemplo, consegue-se fazer com que a sociedade, como fonte e destinatária da norma, participem mais da vida jurídica de seu tempo e mundo em prol da paz social.
Trazendo para o plano atual, não se conclua que toda a Justiça padece desse mal, já que a visão do poeta é parcial, preferindo ele ater-se a esse aspecto da máquina judiciária. Mandou bem.
Através das músicas e da poesia, por exemplo, consegue-se fazer com que a sociedade, como fonte e destinatária da norma, participem mais da vida jurídica de seu tempo e mundo em prol da paz social.
Trazendo para o plano atual, não se conclua que toda a Justiça padece desse mal, já que a visão do poeta é parcial, preferindo ele ater-se a esse aspecto da máquina judiciária. Mandou bem.
Vejamos a poesia no que interessa:
Que falta nesta cidade?... Verdade.
Que mais por sua desonra?... Honra.
Falta mais que se lhe ponha?... Vergonha.
O demo a viver se exponha,
Por mais que a fama a exalta,
Numa cidade onde falta
Verdade, honra, vergonha.
(...)
E que justiça a resguarda?... Bastarda.
É grátis distribuída?... Vendida.
Que tem, que a todos assusta?... Injusta.
Valha-nos Deus, o que custa
O que El-Rei nos dá de graça.
Que anda a Justiça na praça
Bastarda, vendida, injusta.
(...)
Que mais por sua desonra?... Honra.
Falta mais que se lhe ponha?... Vergonha.
O demo a viver se exponha,
Por mais que a fama a exalta,
Numa cidade onde falta
Verdade, honra, vergonha.
(...)
E que justiça a resguarda?... Bastarda.
É grátis distribuída?... Vendida.
Que tem, que a todos assusta?... Injusta.
Valha-nos Deus, o que custa
O que El-Rei nos dá de graça.
Que anda a Justiça na praça
Bastarda, vendida, injusta.
(...)
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